Yoga para ciclistas: the yoga of bicycling

O livro Pedal Stretch Breathe me surpreendeu ao unir duas das coisas que mais gosto no quesito exercício físico: yoga e bicicleta são a síntese do que há de mais agradável na vida, digamos, de nossos corpos andantes. A partir de hoje publicaremos alguns de seus trechos traduzidos especialmente para o nosso blog, onde o leitor poderá semanalmente se deliciar com conteúdo interessante super-hiper-interdisciplinar, traduzido por nós. Vamos nessa!

The book Pedal Stretch Breathe surprised me by combining two of the things I most like in the category physical activity: yoga and bicycling are the synthesis of what is most enjoyable in life, say, of our walking bodies. As from today, we will publish some of its translated extracts especially for our blog, where the reader can weekly taste an interesting super-hyper-interdisciplinary content, translated by us. Here we go!

A importância de estar presente*

Andar de bicicleta e fazer yoga são dois ótimos jeitos de se praticar estar presente. Estar em sintonia com o corpo, mente e respiração nos faz sentir bem, não importa o que se esteja fazendo, embora seja especialmente bom em atividades como pedalar e praticar yoga.

É preciso prática para cultivar a presença da mente. Nossas mentes tendem a se fixar no passado, como quando aquele imbecil buzinou para você. Ou ponderamos sobre o futuro, ao especular sobre o que vem depois da próxima ladeira. Yoga requer que os praticantes, em vez disso, mantenham-se em seus corpos e observem a respiração. Na bicicleta, quando estamos conscientes do corpo, da respiração e do entorno, aumentamos nossa habilidade de adaptação às circunstâncias da estrada. Quando estamos conscientes e alerta estamos também mais seguros ­– tanto em nossas bicicletas quanto em nossos tapetinhos de yoga.

Em ambas atividades, se você notar sua mente vagueando, traga seu foco para a respiração. Ela está sempre presente.

* trecho traduzido da página 6 do livro Pedal Stretch Breathe:

Apresentamos um resumo nosso dos Yamas & Niyamas: princípios guiadores do yoga que podem ser aplicados ao pedalar sua bicicleta enquanto consequentemente se relaciona consigo e com o mundo.

Yamas tratam de nossa relação com o mundo que nos cerca

Ahimsa: não-violência ou ação pacífica em direção a si mesmo e ao próximo em diversas dimensões. Tratar bem o seu próprio ser é o primeiro passo. Como diz o profeta: “Gentileza gera gentileza”.

Satya: ser honesto e verdadeiro consigo e com o mundo; não fingir ser o que não é.

Asteya: não roubar em nenhuma dimensão da vida; aceitar a realidade do momento, não fingir que fez mais do que fez ou simular resultados para com isso contentar-se.

Brahmacharya: moderação em relação a seu corpo e suas possibilidades, não passar dos limites de modo inconsequente.

Aparigraha: desapego e não-possessividade em relação a pessoas, objetos ou outro aspecto da vida. Ter consciência de que tudo é passageiro e foco no momento presente.

Niyamas tratam de nossa conduta em relação a nós mesmos

Saucha: limpeza da mente e do corpo. Um ambiente limpo é também propício ao equilíbrio e limpeza mental.

Santosha: desenvolver o contentamento constante apesar das ondulações da mente e da própria vida.

Tapas: fogo e dedicação. É só depois de uma prática intensa de yoga que o corpo se entrega totalmente ao relaxamento, da mesma forma como apenas após cinco quilômetros de montanha pedalados para ter em si a sensação de tal feito.

Svadhyaya: estudo de si próprio. A meditação e práticas de asanas pode ajudar a se conhecer bem como o ciclismo com foco no momento presente.

Isvara Pranidhana: ato de entrega ou rendição; o momento da entrega nos é essencial: é quando abdicamos do controle total.